sábado, 6 de setembro de 2008

Confissão

Há certos momentos,
que amar parece tomento.
Embora, não seja,
pois nossa alma almeja,
olhos para fitar,
que nos fitem também,
erguendo-nos ao além,
como pássaro a voar.
Mas, aí , o tal destino,
faz com rudeza e desatino,
os olhos que tanto amamos,
só poderem fitar,
outro alguém,
em outro lugar.
Aí o coração reclama,
arde feito chama,
não conseguimos apagar.
É uma dor persistente,
latente, e de nossa garganta,
saí um leve gemido:
Coração não se sinta perdido,
não é hora de parar.
Tenha calma, paciência,
quem sabe a sina muda,
e essa dor tão profunda,
se tornará em querência.
O olhar que tanto amas,
de repente enxergará,
e nele estará escrito:
Que cego fui...a tí,
vim para amar!