sexta-feira, 26 de março de 2010

Confesso

Ela foi chegando mansamente,
devagar me contemplando...
Será que ainda me ama,
como antigamente, ou esqueceu-se
de mim, definitivamente.
Para saber, só possuindo-a e
assim, tomou-me inesperadamente.
Caí nessa vertiginosa posse e esparramei-me
entre tintas coloridas, papéis , livros,
filmes, gritos tantos, prantos, risos loucos.
Ela voltou, finalmente revivo,
sou eu com minha amada alma de artista,
liberta do julgo de inúteis grilos
que permeavam meu juizo, fazendo-me tola,
aprisionando-me em grilhões malditos de
hipocrisia e luxuria quimérica que desacredito.
Amada , tardaste, que falta me fizestes...
Sem tí sou nula e nua.
Adentra-me e me revestes...
Como o mar faz com a lua!

Um comentário:

Lara Moncay Reginato disse...

Que lindo!!!! Como sempre impecável!

Amo-te-lhe.
Beijocas