domingo, 20 de dezembro de 2009

Enfim...

Às vezes sou mar encapelado,
ondas rebeldes que se atiram
em pedras ou
sou rio que corre, devagar,
sabendo que seu destino é o mar.
Às vezes sou brisa leve, tocando
bem de mansinho um rosto
com muito carinho.
Às vezes sou chuva fina, que escorre
pela vidraça, trazendo choro nos olhos,
de quem está em desalinho.
Às vezes sou gargalhada, alta forte,
de alguma palhaçada, que me lembro,
por ter dado bela escorregadela.
Às vezes sou refúgio de quem procura
alguém que possa entender o que
se esconde dentro dela.
Várias vezes preciso de alguém
que me segure no colo para que eu possa
ser criança e chorar, sem
vergonha de ninguém.

Um comentário:

Lara Moncay Reginato disse...

Nossas multidões do dentro. Tem de um tudo, amiga. E no final das contas queremos apenas que alguém nos olhe no fundo dos olhos e possa ler nossas almas!

Te amooo.
beijocas