sábado, 9 de agosto de 2008

Atalho

Estava andando distraída,
conversando com meus anseios.
E assim fui indo, entre apelos,
quando, de repente,
encontrei uma parede,
não, não, era um muro,
a voz não saia, só um sussuro:
Aqui, tudo termina,
entrei em atalho sem saída!
Olhei, novamente, para o muro,
era alvejantemente branco.
Nenhum risco, nenhum rabisco.
Achei interessante e resolvi,
bem embaixo, num cantinho,
escrever bem fininho:Paz!
Voltei para trás,
saindo, o branco me seguia.
Pus-me a cismar,
branco...contém todas cores...
Cheguei em casa, peguei tela,
branca , fui cobrindo-a de amarelo,
vermelho, azul, violeta, verde, rosa,
tudo que de dentro de mim saía,
dei-me conta do arco-íris que pintara,
era isso que o muro me falara!
Às vezes, em atalhos, descobrimos,
a riqueza contida em nossa alma,
que por ignorância, a cobrimos,
mas se cremos, achamos ,de algum jeito,
os meios, para tornar a despertá-la!
Bendito atalho!

Um comentário:

lara moncay disse...

Que lindo amiga!

Os atalhos também fazem parte do caminho e quando perdemos as esperanças, ou achamos que foi o tempo que realmente perdemos, nos deparamos com coisas que estavam coultas, mas que nos servem de norte e nos mostram quem realmente somos!

Te amooooo.

É bom senti-la assim.

Beijocas