Fecho os olhos e mergulho
no meu dentro.
A princípio nada vejo,
a escuridão se faz presente.
Fico quieta, impassível,
rosto quase cerado...
Não consigo, entretanto,
controlar o coração acelerado.
A ansiedade vai tomando conta
de todo meu corpo, sem pedir licença.
Inspiro e expiro uma, duas, várias vezes.
A calma não vem, só lágrimas caem
no árido chão que apoia meus joelhos.
Meu dentro, meu dentro...escuro.
Continuo tentando, quero entende-lo,
um pouco pelo menos.
Uma luzinha começo a enxergar...
O que? Pedras coloridas? Folhas
outonais? Montanha nevada.
Sinto frio, muito frio.
Surgem flores, várias formas,
vários tamanhos, parece primavera.
Madeiras tripidam fogo.
Começo a arder, será febre?
Frio de solidão, febre de amor?
Retiro do meu corpo minhas vestes,
cubro-o com as folhas outonais,
das pedras faço colares, muitos.
Atolo-me neles e nas flores em cordões.
Saio, agora, pelas ruas, cantando e dançando.
Alguns riem, outros se espantam, outros se calam.
Finalmente, solto alguns grilhões de minha alma,
começando a entender o que de mim tanto falam...
Meditando vou compreendendo meu dentro,
aprumando-me entre acertos e desacertos.
Abro os olhos, ao redor tudo igual...
a mudança só eu sinto e reconheço,
é avanço, sadio começo...
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
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3 comentários:
Que lindo!!!! Plac-Plac-Plac!
Com certeza amiga, o sadio recomeço é sempre dentro e poucos são os olhos que vêem, porque infelizmente, poucos são os que enxergam!
Te amoooo.
Muitas beijocas
Adoro quando fazes plac, plac, não que sejam merecidos, mas é tão gostoso ouví-los, acreditas que escuto-os??? Claro que sim, afinal, somos tão ..doidinhas iguais, rsrsrs! Salve nossa loucura de cada dia! Te amo.Beijinhos.
São merecidos sim!
Plac-Plac-Plac!
bjsbjs
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